O promotor de justiça Carlos Paixão deverá recorrer contra o resultado do julgamento realizado ontem em sessão do Tribunal do Júri. O ex-policial civil Hermes Rodrigues da Silva Júnior foi condenado a 16 anos, mas por ser réu primário e à época em que aconteceu o crime era menor de 21 anos, a pena foi reduzida para 7 anos de prisão em regime semi-aberto.O outro acusado, Richardson Rego da Silva que também deveria ter sido julgado ontem teve o julgamento desmembrado por decisão da juíza Lana Leitão.

O julgamento de Richardson e dos outros acusados, Jean Alessandro Silva Júnior, Manoel Geraldo Palma Pantoja, Wilker Bastos Romão e Harley Rodrigues da Silva deverá acontecer em outra data a ser definida.

De acordo com o promotor a pena aplicada foi muito pequena e por isso, deverá recorrer da decisão. "Na decisão foi acertada que houve homicídio duplamente qualificado na modalidade eventual como foi pedido pelo Ministério Público, agora essa diminuição foi inadequada e vamos recorrer no sentido de aumentar a quantidade da pena" afirmou.

O crime aconteceu em agosto de 2005 quando o jovem Harley Rodrigues se envolveu numa briga com Robson Magalhães. Após o ocorrido Harley ligou para o irmão Hermes Rodrigues, policial civil na época dos fatos que prontamente se dirigiu ao local da briga (balneário sacolejo) juntamente com mais quatro pessoas, três delas também policiais civis.

Os acusados haviam tentado encontrar a vítima mas Robson já tinha saído do local com alguns amigos. Ao saberem que ele tinha ido embora, os seis acusados foram atrás de Robson, o interceptaram e passaram a espancar o jovem que chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu e morreu próximo de completar 24 anos.

O Ministério Público Estadual representado pelo promotor de Justiça Carlos Paixão, ofereceu denúncia contra os envolvidos enfatizando que eles agiram com dolo eventual, motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. O processo envolvendo os seis acusados foi desmebrado. Os policiais foram demitidos do quadro da Polícia Civil do Estado de Roraima.

ASCOM/MPE-RR
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